Mozambique Elections: Podemos headquarters burned down in Manica - AIM
Photo : Adrien Barbier / AFP
The unanimity of Renamo’s National Commission in the election of Ossufo Momade to temporarily lead the largest opposition party in Mozambique seems to indicate that this veteran soldier and politician, a Muslim hailing from the largest constituency in Mozambique, could be the successor to Afonso Dhlakama, whose confidence he had.
Born in Mozambique’s largest constituency on January 30, 1961 on the island that was the country’s first capital, Ossufo Momade was elected last Friday night (May 4th) to coordinate the work of the National Political Committee of the party until the National Council or Congress elects the successor to the president who died on Thursday, May 3rd.
Mozambique opposition names interim leader – Watch
While still an adolescent, he joined the then Liberation Front of Mozambique, becoming a soldier and political commissar. He was captured by the National Resistance of Mozambique in December 1978 in the border district of Mavinde, Maputo province, while commanding a battalion of the then independent Mozambique Army, and eventually entered the ranks of the movement then led by Dhlakama.
Of the various combat fronts opened by Renamo between 1979 and 1984, Ossufo Momade commanded the guerrillas who led the civil war in the province of Nampula in 1982, rising to the rank of lieutenant general, currently in the reserve.
After the Rome Peace Accord, and unlike the remaining military leaders of the guerrillas who became part of the Defence Armed Forces of Mozambique, Momade became a politician, first in the National Political Commission and later on the Renamo benches in the Assembly of the Republic, as head of Nampula electoral circle list.
In 2006, he took over as Secretary General of the party just as former guerrilla positions were being reactivated, becoming head of the Department of Defence in 2012, before the outbreak of the second civil war.
After 2014 general elections and the attacks on Afonso Dhlakama – particularly the assault on his residence in Beira in 2015 – he defended the possession of arms which Renamo party still held under the General Peace Agreement. “Did President Chissano during his mandate request them? Guebuza ceased operations in 2015 and did not collect them. Why is it that only President Nyusi has this boldness?” he asked.
While Dhlakama was “whereabouts unknown”, Momade seemed to be busy with other missions, apparently political, but which several sources believe are linked to his military standing, second only to the deceased leader.
Although lacking Dhlakama’s charisma, his origins and religion could be the catalyst for the resurgence of the Renamo party in the local political scene, which began with victory in the mid-term election of the city of Nampula.
His first words, after being unanimously elected, were a promise to follow in Afonso Dhlakama’s footsteps.
By Aderito Caldeira
Homem de confiança do presidente Dhlakama, Ossufo Momade poderá ser o sucessor
A unanimidade da Comissão Política nacional do partido Renamo na escolha do Ossufo Momade para liderar interinamente a maior formação política de oposição em Moçambique prenuncia que este experiente militar e político, muçulmano natural do maior Círculo eleitoral de Moçambique, poderá ser o sucessor de Afonso Dhlakama, de quem era um dos homens de confiança.
Natural do maior Círculo Eleitoral do nosso país, nascido a 30 de Janeiro de 1961 na Ilha que foi a primeira Moçambique, Ossufo Momade foi eleito na noite da passada sexta-feira (04) para coordenar os trabalhos da Comissão Política nacional do partido até realização Conselho Nacional ou Congresso que deverá eleger o sucessor do presidente falecido na quinta-feira (03).
Ainda adolescente, juntou à então Frente de Libertação de Moçambique da qual chegou tornou-se comissário político e militar. Ainda adolescente e comandando um batalhão do Exército de Moçambique então independente foi capturado pelos guerrilheiros da Resistência Nacional de Moçambique, em Dezembro de 1978 no distrito fronteiriço de Mavinde, na província de Maputo, e acabou por entrar na fileiras do movimento na altura já liderado por Dhlakama.
Das várias frentes de combate abertas pela RENAMO, entre 1979 e 1984, Ossufo Momade comandou os guerrilheiros que levaram a guerra civil à província de Nampula em 1982, ascendendo na estrutura militar até a patente de tenente-general, actualmente na reserva.
Após o Acordo de Paz de Roma, e ao contrário das restante chefias militares da guerrilha que passaram a integrar as Forças Armadas de Defesa de Moçambique, Momade tornou-se político. Primeiro na restrita Comissão Política Nacional e depois integrando a bancada parlamentar do partido Renamo na Assembleia da República, como cabeça de lista pelo Círculo Eleitoral de Nampula.
Entre 2006 assumiu o cargo de Secretário-Geral do partido, no período em que foram reactivadas as posições dos antigos guerrilheiros, até tornar-se chefe do Departamento de Defesa em 2012, altura que antecedeu a eclosão da segunda guerra civil.
Após as Eleições Gerais de 2014, depois dos atentados à Afonso Dhlakama e particularmente do assalto a residência onde o seu presidente se encontrava na cidade da Beira, em 2015, defendeu a posse de armas pelos homens armados que o partido Renamo ainda tem ao abrigo do Acordo Geral de Paz: “O presidente Chissano durante o seu mandato não as solicitou? Guebuza cessou as funções em 2015 e não as recolheu. Porquê só o presidente Nyusi tem essa ousadia?”.
Enquanto Dhlakama esteve em “parte incerta” Ossufo Momade parece ter sido resguardado para outras missões, aparentemente políticas, mas que várias fontes acreditam estarem ligadas ao seu capital militar, não ostentasse ele a maior patente após o líder falecido.
Sem o carisma de Dhlakama a sua naturalidade e religião poderão ser o catalisador do ressurgimento do partido Renamo na cena política autárquica, iniciado com a vitória na eleição intercalar da cidade de Nampula.
Nas suas primeiras palavras, após ter sido eleito “por unanimidade” prometeu dar seguimento ao legado de Afonso Dhlakama.
Mozambique: Decentralisation process “is in a stationary phase” – Ivone Soares
Leave a Reply
Be the First to Comment!
You must be logged in to post a comment.
You must be logged in to post a comment.