Mozambique-Zambia: Ministerial Meeting of the Joint Permanent Commission on Defence and Security
File photo: Global Imagens
Security expert Jaime Nogueira Pinto said yesterday that Portugal should strengthen technical-military cooperation with Mozambique by providing support in the combat against radical Islamist groups in the north of the country and in the integration of opposition military personnel.
On the eve of the Portugal-Mozambique summit, which will take place on Thursday and Friday, Jaime Nogueira Pinto said he hoped Portugal’s Prime Minister António Costa’s visit to Mozambique would mean that Lisbon stands side by the side with the African country whose international credibility was called into question after the disclosure of the two billion dollar ‘hidden loans’ contracted with state guarantees.
Prime Minister António Costa’s visit “has an important significance to the Government and people of Mozambique as it demonstrates that Portugal is available to support, despite all that has happened, and that it still has confidence in the Maputo authorities”.
In particular, Jaime Nogueira Pinto hopes that Portugal will strengthen technical-military cooperation at a time when the country faces attacks by insurgents in the north, linked to radical Islamism.
“The Portuguese armed forces have a tradition and a vast experience in these counter-subversion areas,” explained Nogueira Pinto.
The summit takes place “at a difficult and complicated time for Mozambique,” in a context of political pacification in the country, when the negotiations between the former leader of the Mozambican National Resistance (Renamo), Afonso Dhlakama, and the Mozambican President, Filipe Nyusi, have enabled the holding of regional elections and the integration of the military personnel of the former rebel group into the national army.
“The death in early May of the Renamo president caused concern. However, it was somewhat overcome because, two or three weeks later, those same agreements which had been decided between them [Nyusi and Dhlakama] to decentralise power – which were a means for Renamo to have, in a way, a power coming from a regional base – ” were eventually signed, explained Jaime Nogueira Pinto, who is also a shareholder of a security company in Mozambique.
“The decentralisation process (now provided by the agreement) may allow Renamo to have some local responsibilities but this, of course, also carries some risks (…) But it may allow a certain integration of the political classes. It has always been a form of pacification ” he said.
At present, Mozambican politics is experiencing “some problems in the disarmament of the Renamo forces” and their integration into the regular army, said the historian pointing out that this is not a new problem and that it has been experienced elsewhere the world.
“This has always been the problem in these ends of wars: While. in Mozambique. there was a certain stalemate in the civil war, in Angola, there was, in fact, a victory of the government from the death of Savimbi onward.” In the case of Angola, “there was a winner who integrated the loser,” he recalled.
Lisboa deve reforçar apoio técnico-militar a Moçambique – Jaime Nogueira Pinto
O especialista em segurança português Jaime Nogueira Pinto afirmou hoje que Portugal deve reforçar a cooperação técnico-militar com Moçambique, ajudando no combate aos grupos radicais islâmicos no norte do país e a integrar os quadros militares da oposição.
Na véspera da cimeira entre Portugal e Moçambique, que se realiza quinta e sexta-feira, Jaime Nogueira Pinto disse esperar que a ida do primeiro-ministro português, António Costa, a Maputo signifique que Lisboa está ao lado do país africano, cuja credibilidade internacional foi colocada em causa depois de terem sido descobertos empréstimos escondidos de dois mil milhões de dólares, com garantias do Estado.
Agora, a visita de António Costa “tem a importância de dizer ao Governo e ao povo de Moçambique que Portugal está disponível e que, apesar de tudo isso, tem confiança” nas autoridades de Maputo.
Em particular, Jaime Nogueira Pinto espera que Portugal reforce a cooperação técnico-militar num momento em que o país enfrenta ataques de insurgentes no norte, ligados ao islamismo radical.
“As forças armadas portuguesas têm uma tradição e uma experiência muito grande nestas áreas da contra-subversão”, explicou Nogueira Pinto.
A cimeira realiza-se “num momento complicado e difícil para Moçambique”, num contexto de pacificação política do país, em que as negociações entre o antigo líder da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), Afonso Dhlakama, e o Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, permitiram a realização de eleições regionais e a integração dos quadros militares do antigo grupo de rebeldes no exército nacional.
“A morte, nos princípios de maio, do presidente da Renamo causou preocupação que foi, de certo modo, ultrapassada, porque, no momento seguinte, duas ou três semanas depois, os tais acordos que estavam decididos entre eles para descentralizar o poder, que era uma forma de a Renamo ter, de certa forma, o poder de base regional”, acabaram por ser assinados, explicou Jaime Nogueira Pinto, sócio de uma empresa de segurança em Moçambique.
“O projeto de descentralização (agora previsto no acordo) pode ajudar a Renamo a ter algumas responsabilidades locais, mas claro que isso também tem alguns riscos (…) Mas pode permitir uma certa integração das classes políticas. Sempre foi uma forma de pacificação”, disse Nogueira Pinto.
Atualmente, a política moçambicana assiste a “alguns problemas no desarmamento das forças da Renamo” e na sua integração no exército regular, salientou o também historiador, considerando que esta questão não é nova e repetiu-se noutros locais.
“Esse foi sempre o problema nestes fins de guerra: Enquanto em Moçambique houve um certo empate técnico na guerra civil, em Angola houve, de facto, uma vitória do governo a partir da morte do Savimbi”. Aí, “houve um vencedor que integrou o vencido”, recordou.
Leave a Reply
Be the First to Comment!
You must be logged in to post a comment.
You must be logged in to post a comment.